Todos diferentes
Acredito que
não há ninguém que goste mais dos filhos dos que os próprios pais!
Mas e quando
temos mais do que um filho? Gostamos igual de todos?
Eu acho que
não!
Espera…continua
a ler e vais perceber o que quero dizer.
Eu acho que
não! Não gostamos mais de um do que do outro, gostamos apenas de maneira
diferente, porque eles próprios são diferentes. E é tão bom!!!
Por muito que
os filhos saiam mais à mãe ou mais ao pai…são todos muito diferentes. Uns mais
diferentes do que outros, é certo, mas o que é facto é que por mais que os pais
sejam os mesmos os filhos nunca serão iguais!
E o que faz
com que haja tanta variedade?
Em primeiro
lugar a genética tem um peso muito grande. Tirando os gémeos verdadeiros, o ADN
de cada um não se repete. Só aqui já temos características únicas e
irrepetíveis. E depois temos o ambiente, ou seja, o meio onde estamos, onde
crescemos e nos desenvolvemos. As situações pelas quais passamos, o modo como
as vivemos e a importância que têm para nós. Tudo isto, deixa marcas em nós que
nos podem “seguir” para toda a vida, ou seja, todas esta vivências podem “ditar”
o modo como reagimos a determinadas situações e moldar a nossa personalidade.
Não quero com isto dizer que essas características fiquem connosco para sempre,
apenas que teremos uma maior tendência para ser assim. Por exemplo, se eu sei
que sou teimosa e me é difícil ceder, posso perfeitamente trabalhar esse ponto,
de modo a não me tornar inflexível. Tudo é uma questão de trabalhar as características
pessoais, para que possamos dar o melhor de nós!
Quando lidamos
com os nossos filhos, é natural que a nossa reação não seja igual com todos.
Primeiro, porque têm idades diferentes, depois porque o seu modo de ser também
é diferente. Por exemplo, quando as crianças estão a brincar e há um desentendimento entre elas, é muito provável que com algumas baste conversar e ajudá-las na resolução do conflito, enquanto outras, precisam de se acalmar primeiro e de desviar a sua atenção para outra coisa.
Outro exemplo,
certamente já reparaste que quando somos pais pela primeira vez, fazemos as
coisas de determinada maneira. Quando vem o segundo, mudamos alguns
comportamentos, pois já temos alguma experiência. O mesmo acontece com a vinda
de mais filhos.
Alguns pais,
com a melhor das intenções, dizem que dão tudo igual aos seus filhos, pois não
querem que estes sintam que são tratados de modo diferente ou que há
preferência entre eles. Recentemente li (confesso que não sei onde) um exemplo
sobre este assunto, que contava que dois irmãos foram inscritos em aulas de
guitarra. Um deles estava nas sete quintas, era mesmo aquilo que ele queria. O
outro sentia-se miserável, pois não tinha qualquer interesse pelo instrumento e
o que queria eram mesmo jogar futebol.
Será que
quando estamos a dar exatamente as mesmas oportunidades aos nossos filhos,
estamos mesmo a dar-lhes a mesmas oportunidades?
Fica aqui esta
pergunta para meditar. Porque o nosso amor pelos nossos filhos é e será sempre
grande…e também diferente.
Afinal de
contas…cada um é como cada qual!
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