Escutar
Começo a reflexão
de hoje com uma pergunta:
Sabes escutar?
Pode parecer
estranho, mas pensa bem:
Sabes mesmo
escutar?
Quando digo em
escutar não estou a falar de simplesmente ouvir.
Ouvir é fácil!
Requer
concentração mínima e pouca ou nenhuma intenção de procurar ir mais além
daquilo que chega aos nossos ouvidos.
Repito:
Sabes escutar?
Antes de mais,
para podermos escutar temos de ter a disponibilidade de deixar o outro falar.
Quantas vezes damos por nós a interromper o discurso dos outros?
Escutar
implica direcionar a nossa atenção e concentração para aquilo que nos está a
ser dito. Requer o nosso interesse não só pelo assunto, mas também pela pessoa
que está a falar connosco.
Escutar implica
que nos libertemos de crenças, preconceitos e julgamentos, para que possamos
receber aquilo que os outros nos querem transmitir. E do mesmo modo, transmitir
ao outro a abertura e a segurança de expor genuinamente o assunto que pretende
partilhar.
Escutar vai
muito mais além do entendimento das palavras proferidas. Escutar verdadeiramente
inclui procurar conhecer e compreender a pessoa que temos à nossa frente. Para
escutar, temos, por vezes, que ser um bocadinho detetives. Temos que descobrir
o motivo que leva essa pessoa a falar (ou agir) de determinada maneira. O que
aconteceu? Como é que essa pessoa agiu/reagiu? Que sentimentos esse acontecimento
desencadeou? Quais são as suas necessidades neste momento? Todas estas questões
nos ajudam a compreender melhor o outro e a ser mais empáticos.
Os nossos
filhos gostam que os escutemos!
Gostam que
procuremos os sinais que nos dão e que decifremos o que lhes vai na alma.
Saber escutar os
nossos filhos requer tempo, espaço e interesse genuíno!
Sabes escutar?
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