Não somos ilhas...
Lembro-me que,
quando nasceu a minha filha mais velha, pensava que a educação daquela criança dependia
totalmente de mim e do meu marido. Que era nossa responsabilidade zelar por
tudo…para que tudo corresse bem.
Lembro-me
também de acreditar que não tinha o direito de pedir aos outros para ficarem a
tomar conta dela, independentemente do motivo. Afinal, os pais éramos nós…e não
tínhamos nada que andar a aborrecer a família e os amigos com as nossas coisas.
Acontece que
desde que ela nasceu temos aprendido imenso, temos crescido enquanto pais e pessoas
(e ainda temos tanto para aprender…).
E sim, é
verdade que a educação dos filhos deve ser da responsabilidade dos pais. Mas também
é verdade que nós pais não nascemos ensinados e podemos e devemos pedir ajuda
para sermos cada vez melhores. E se temos à nossa volta pessoas que já passaram
pelas mesmas experiências que nós, se existem profissionais que nos podem dar
dicas preciosas sobre como lidar com determinadas situações…por que não pedir
ajuda?
Se de vez em
quando precisamos de alguém que nos ajude a tomar conta dos miúdos…por que não
pedir ajuda?
Não quero com
isto dizer “usar e abusar” da boa vontade dos outros, mas vivemos em sociedade
por algum motivo. Estamos cá uns para os outros (ou deveríamos estar…).
A interação
das crianças com outros adultos ajuda a trabalhar as suas competências sociais,
para além de fazer com que não sejam “pais dependentes”.
Por vezes, deixamos
os miúdos com os avós ou tios, quer seja porque surgem situações de emergência,
quer seja porque os pais precisam de tempo a dois. E explicamos-lhes por que
motivo passam algum tempo sem nós. E eles compreendem!
Não há mal nenhum
em pedir ajuda e em mostrar isso aos nossos filhos. É assim que eles aprendem a
fazer o mesmo quando necessitam dela.
Afinal de
contas…não somos ilhas!
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