Tempo de organizar ideias e de crescimento

Há mais de um ano que não escrevo neste blog!

É possível que pensem que desisti deste projeto…mas na verdade, muitas coisas aconteceram.

 

Para começar, a família cresceu!

Com o nascimento do meu terceiro filho, senti necessidade de parar, de me dedicar à família (agora considerada numerosa😊) e de reorganizar as ideias. Precisei de redefinir o que pretendo deste projeto, de que modo pretendo servir os outros e como conciliar o meu projeto com a minha vida familiar.

 

Depois…veio o Covid-19!

Os meses em que estivemos em casa confinados foram meses de grande aprendizagem, adaptação e de criatividade.

Foi necessário um esforço coletivo para que as aulas online fossem o mais proveitosas possível e ao mesmo tempo, o tempo de brincadeira fosse entusiasmante e ajudasse a distrair do tédio de estarmos fechados em casa.

Um dos principais desafios foi a televisão. Embora fosse muito mais fácil deixar os miúdos “colados” na televisão, conseguimos (com algum custo…) criar horários e muitas alternativas divertidas. Na verdade, fizemos um pouco de tudo jogos, trabalhos manuais, culinária (muita😋…), construções, dançamos e cantamos, …

Aproveitamos estes meses para trabalhar a nossa relação enquanto família. Embora nem sempre tenha sido fácil, aprendemos a dar tempo e espaço a cada um. Para pensar, para cada um estar só no seu “mundo”, para “respirar”. Conversámos imenso sobre os mais variados tópicos. Mas um dos temas mais abordado foi os sentimentos. E apesar de muitas vezes a gestão dos sentimentos tenha sido um desafio, aprendemos a lidar com eles e a respeitá-los.

Para além disso, tivemos oportunidade de ajudar os miúdos a desenvolver o seu sentido de responsabilidade e de cooperação. Atribuímos tarefas (adequadas às idades) como pôr e levantar a mesa, fazer as camas, colocar a roupa suja no cesto,… Coisas simples que os ajudam não só a sentirem-se parte ativa da família, como a tornam-se mais independentes.

 

Para que tudo isto fosse possível tive que aprender a lidar com a minha própria frustração. Pois só quando eu transmitia calma e tranquilidade, “recebia” dos meus filhos calma e tranquilidade. Foi um processo de crescimento que me ajudou a compreender melhor algo que eu já sabia: se queremos que o nosso lar seja fonte de segurança e harmonia, temos que ser nós, pais, a criá-la, independentemente das preocupações que levamos connosco. Na verdade, em tempos incertos, nós temos que trazer serenidade aos nossos filhos. Pois se mostramos a nossa falta de confiança, as crianças vão sentir-se inseguras. E crianças inseguras têm mais dificuldade em desenvolver todas as suas potencialidades.

 

Ajudar as crianças a crescer é um processo maravilhoso que requer tempo, dedicação e estudo. Por este motivo, continuo o meu processo de crescimento enquanto Pessoa, Mãe e Profissional, aprofundando os meus conhecimentos nestes temas apaixonantes que são a Parentalidade e o Desenvolvimento Pessoal.

Pois só estudando, aplicando e melhorando podemos contribuir para um mundo melhor!