A neuroplasticidade a favor da Parentalidade



A nossa incrível capacidade de aprender deve-se à “capacidade de o sistema nervoso mudar e se moldar, neuronal, estrutural e funcionalmente, quando exposto a novas experiências.” (Paulo Moreira, in Inteligência Emocional), ou seja, deve-se à neuroplasticidade. O que acontece é que os nossos neurónios têm capacidade de criar novas ligações entre si, e isto não acontece só durante a infância, mas durante toda a vida. Assim, da próxima vez que ouvires alguém dizer que já está muito velho para aprender algo, já sabes que não é bem assim.

O nosso cérebro, como qualquer músculo do nosso corpo, necessita de ser trabalhado. E se queremos aprender algo ou criar um novo hábito, devemos treinar. Quanto mais vezes repertirmos essa ação, mais ligações neuronais vão ser criadas e reforçadas, logo maior será a nossa destreza.

 

Hoje trago-te este tema um bocadinho diferente do habitual, pois esta semana celebra-se o Dia Mundial do Cérebro.

Há dois pontos que quero abordar.

Em primeiro lugar, o facto de sabermos que o nosso cérebro tem neuroplasticidade dá-nos esperança de podermos fazer as coisas de maneira diferente e de verificar que vale a pena trabalhar na nossa melhoria contínua. Saber que temos opção de escolha, que somos responsáveis por elas, abre-nos as portas não só para o aprofundamento do eu (Um mergulho no Eu), como também nos permite contribuir mais e melhor, como por exemplo no desempenho do nosso papel de Mãe.

Por outro lado, sabe-se hoje que o cérebro humano só está maduro por volta dos 23/25 anos. O que não quer dizer que vamos esperar até essa idade para ensinar os nossos filhos. As experiências que lhes proporcionarmos vão ficar registadas nos seus neurónios através das conexões que se vão formar entre eles. Deixo-te aqui um exemplo. Se por um lado não podemos exigir aos nossos filhos que saibam autorregular-se como os adultos (deveriam saber), pois os seu cérebro ainda não está totalmente formado; por outro lado, podemos ensiná-los a fazê-lo, mostrando como se faz, para que quando o seu cérebro estiver maduro tenham desenvolvido as conexões neuronais que lhes permitam executar essa ação com menos dificuldade.

 

Que comportamentos gostarias de deixar de ter? Por quais vais substituir?

Que experiências queres apresentar aos teus filhos? De que modo essas experiências vão ajudar os teus filhos a desenvolver o seu potencial?

 

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O caminho é teu, mas não tens que o fazer sozinha!

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