Três motivos para diminuir o tempo de exposição a ecrãs

É cada vez mais frequente vermos crianças, incluindo as mais pequenas, expostas a ecrãs. Na verdade, estes dispositivos são muitas vezes visto como o braço direito dos pais na educação dos filhos, pois há uma variedade de jogos, histórias e outras distrações consideradas “educativas” e que ajudam a manter as crianças “sossegadas”.

Acontece que quando as crianças estão expostas aos ecrãs, acontecem no seu pequeno cérebro alguns fenómenos que prejudicam, e muito, o seu desenvolvimento.

 

Estudos indicam que com o tempo, o uso de ecrãs leva à atrofia do córtex cerebral, o que faz com que haja uma diminuição da receção das informações sensoriais.

Na verdade, quando uma criança está exposta a ecrãs recebe uma grande quantidade de estímulos visuais e auditivos, o que faz com que não consiga receber estímulos de outras fontes. Com a repetição desta situação faz com que se vá dando a atrofia do córtex cerebral.

 

Para além disso, a exposição a ecrãs induz a libertação de dopamina, a hormona que nos dá a sensação de satisfação e que, por isso mesmo, está relacionada com o vício. Crianças que estão muito tempo à frente de ecrãs, estão perante uma grande quantidade de estímulos que libertam dopamina, o que com o tempo, faz com que sintam a necessidade de ainda mais estímulos para poder sentir satisfação. Estas crianças tornam-se viciadas em ecrãs. Uma forma de se verificar se a criança está viciada é observar o seu comportamento quando a exposição a ecrãs é negada. Irritação, agressividade, birras e comportamentos desadequados para a idade, são os principais sinais.

As crianças que passam muito tempo à frente de ecrãs, acabam por achar o convívio social pouco estimulante, pois não lhes provoca a libertação da mesma quantidade de dopamina, o que pode torná-las mais apáticas e pouco interessadas por tudo que não seja ecrã.

Por fim, quando as crianças estão expostas aos estímulos dos ecrãs acabam por ter menos capacidade de atenção, pois o excesso de estímulos e uma vez que o seu cérebro ainda está em formação (o cérebro humanos só está totalmente formado por volta dos 25 anos) faz com que não consigam triar a informação que interessa, daquela que não é relevante. Assim, o cérebro acaba por armazenar informação “boa” e “má”, mas ao mesmo tempo deixa de lado informação útil e informação inútil. Como a memória vai guardar estes dois tipos de informação sem conseguir criar pontes de conexão entre ela, vai ficar tudo “baralhado” e confuso, o que acaba por afetar a capacidade de raciocínio da criança.

 

Temos aqui três bons motivos para evitar expor os nossos filhos a ecrãs. Muitas vezes, vemos esta opção como mais fácil, mas o preço a pagar é demasiado elevado.

Famílias Felizes precisam-se!

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