Filho Colérico
O Miguel sempre foi conhecido pela sua intensidade e energia excessiva. Na escola, mostra frequentemente um comportamento impulsivo e tende a reagir de forma explosiva quando algo não acontece como planeado.
Quando interage com outras crianças, o Miguel entra muitas vezes em discussões por motivos pouco importantes. Tem dificuldade em aceitar as opiniões dos outros e não gosta de partilhar as suas coisas. Por causa do seu temperamento explosivo, as outras crianças muitas vezes evitam brincar ou aproximar-se dele, o que o deixa muito frustrado.
Os professores passam a vida a tentar acalmar o Miguel. Procuram ensiná-lo a controlar as suas emoções, mas como na verdade não compreendem que o Miguel tem temperamento colérico, as suas abordagens nem sempre são eficazes. Eles não sabem como é importante dar instruções claras e firmes, e muitas vezes repreendem o Miguel de forma rígida, o que apenas aumenta sua raiva e frustração.
Em casa, a família do Miguel também não sabe como lidar com o seu temperamento colérico. O Miguel tem dificuldade em lidar com as regras e limites impostos pelos pais e desafia com frequência a sua autoridade. As suas explosões de raiva podem durar horas e deixam os pais exaustos e com a sensação de que não estão a conseguir educá-lo adequadamente.
Os pais não sabem que o temperamento colérico do Miguel é afetado pela forma como o educam. Eles não têm em conta que o Miguel precisa de um ambiente estruturado, com rotinas claras e estímulos adequados para canalizar sua energia. Os pais sentem-se frustrados e culpados, e, muitas vezes, questionam as suas próprias capacidades enquanto educadores.
O desfecho desta história não parece animador!
Se o Miguel continuar a crescer sem que os adultos que o rodeiam compreendam as características do seu temperamento colérico, é muito provável que vá ter dificuldade em lidar com feedbacks e críticas construtivas no trabalho, o que irá prejudicar seu desenvolvimento profissional. Para além disso, as suas explosões emocionais irão afastar as pessoas, deixando-o isolado e solitário.
Esta história ilustra as consequências de educar uma criança sem ter em consideração o seu temperamento colérico. Quando os adultos, na escola e em casa, não entendem nem correspondem às necessidades de uma criança com este temperamento, a criança pode vir a ter dificuldades sociais, emocionais e, mais tarde, profissionais.
A educação adequada ao temperamento permite que a criança aprenda a lidar com suas características de forma positiva, desenvolvendo competências que serão úteis ao longo de toda a sua vida.
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