Filho Sanguíneo


        A Sofia é uma criança extrovertida, cheia de energia e que vive tudo de forma muito intensa. Na escola, é conhecida como aquela criança entusiasmada, que tem energia para dar e vender, e que está sempre pronta para explorar o mundo ao seu redor. Adora brincar com seus amigos e participar em atividades de grupo.

        No entanto, nem todos compreendem a maneira como Sofia age. Alguns adultos, e até mesmo algumas crianças, acham que ela é muito barulhenta e tumultuosa. Não entendem que esta é a maneira de ser da Sofia, e que é assim, de forma  barulhenta e agitada, que consegue expressar as suas emoções. Todo este rebuliço faz com que muitas vezes haja conflitos e mal-entendidos.

        Em casa, a situação não é muito diferente. Os seus pais são pessoas tranquilas e preferem um ambiente calmo. Pedem frequentemente à Sofia para se acalmar, o que a deixa triste e frustrada, pois desta forma não consegue expressar os seus pensamentos e as suas emoções.

        Com o passar do tempo, a Sofia começa a se sentir desvalorizada e incompreendida. Tenta conter-se para corresponder às expectativas dos outros, mas isso deixa-a infeliz, pois a sua maneira de ser, entusiasmada, naturalmente energética e agitada, está a ser reprimida.

        Aos poucos, a Sofia começa a tornar-se uma pessoa introvertida e insegura. Afasta-se das atividades em grupo e evita as interações sociais. Esta mudança drástica no seu comportamento afeta negativamente a sua autoestima e os relacionamentos interpessoais.

        Um dia, chega uma nova professora à escola. A professora Ana é uma pessoa atenta aos temperamentos individuais dos seus alunos. Ao conhecer Sofia, percebe que esta tem um temperamento sanguíneo e que precisa de um ambiente estimulante e de oportunidades para extravasar a sua energia.

        A professora Ana começa a criar atividades que permitem à Sofia expressar-se e interagir com os outros de forma positiva. Ao mesmo tempo, incentiva os colegas da Sofia a entenderem e respeitarem a sua maneira de ser. Com o tempo, a Sofia sente-se aceite e valorizada na escola.

        Com a ajuda da professora Ana, os pais percebem a importância de compreender o temperamento da Sofia. Começam a permitir que ela se expresse livremente, encorajando as suas paixões e interesses. Aos poucos, aprendem a estabelecer um equilíbrio entre a tranquilidade que eles  precisam e a energia da Sofia.

        À medida que a Sofia cresce, torna-se uma adulta confiante e bem-sucedida. Sabe como canalizar a sua energia, o que lhe permite alcançar, ao nível profissional, sucesso e reconhecimento. Hoje, a Sofia é uma mãe compreensiva e atenta aos temperamentos dos seus filhos. Está sempre atenta e procura garantir que eles crescem num ambiente favorável ao desenvolvimento de todo o seu potencial.

        Esta história ilustra o que pode acontecer quando se educa sem se ter em conta o temperamento de uma criança. Quando não se entende nem se respeita as suas necessidades e características individuais, a criança pode sentir-se desvalorizada e reprimida.

        No entanto, quando a educação tem em consideração o temperamento, abrem-se portas para que cada criança, e mais tarde adulto, alcance seu potencial máximo e aprenda a lidar com suas características únicas.


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