Filho Fleumático


        A Teresa é uma criança calma, que não gosta de conflitos nem de confusões, procura agradar a toda a gente e prefere brincadeiras mais contemplativas, como desenhar e ler, em vez de atividades físicas.

        Na escola, os professores pressionam a Teresa para que se comporte de maneira mais extrovertida e competitiva. É frequentemente comparada com colegas mais ativos e barulhentos, o que faz com que se sinta insegura e deslocada. Estas comparações constantes começam a abalar a sua autoconfiança, e levam-na a acreditar que tem algum tipo de problema.

        Em casa, os pais também lhe apresentam desafios. A expectativa social para que as crianças sejam enérgicas e extrovertidas, leva-os a tentar "puxar" pela Teresa para que se ajuste a este padrão. Os pais incentivam-na a participar em atividades mais agitadas, como desportos de grupo, sem ter em conta a sua preferência natural por atividades mais calmas. Começa, então, a surgir alguma frustração para todos.

        O tempo passa, e a Teresa começa a demonstrar sinais de stresse e ansiedade na escola, tornando-se cada vez mais retraída e desinteressada pelas atividades escolares. Sente que não é entendida por ninguém e que as suas emoções e necessidades não são tidas em consideração. A sua autoestima e confiança continuam a diminuir, afetando negativamente o seu desenvolvimento emocional e os seus resultados académicos.

        Conscientes de que algo precisa de mudar, os pais da Teresa decidem procurar ajuda. Recorrendo a uma coach parental especializado em temperamento infantil, apercebem -se que a Teresa não é menos talentosa ou capaz do que qualquer outra criança, simplesmente tem uma forma diferente de expressar as suas emoções e de interagir com o mundo. A Teresa tem temperamento Fleumático. A família começa, então, a adotar uma abordagem mais harmoniosa em relação à educação de Teresa . Passam a valorizar as suas características fleumáticas, reconhecendo seus interesses e necessidades únicas. Para além disso, são implementadas estratégias que se alinham com o seu temperamento, como oferecer atividades mais calmas e espaço para a Teresa se expressar de formas mais reflexivas. Os pais aprendem também que a Teresa, sendo fleumática, precisa de orientação para expressar as suas emoções e organizar os seus pensamentos. E que é importante dar o exemplo (ainda mais que nos outros temperamentos), pois as crianças fleumáticas tendem a espelhar (ainda mais) o que recebem do ambiente e das pessoas que as rodeiam.

        Com esta nova abordagem, a Teresa começa a tornar-se mais confiante e feliz. Percebe que o seu temperamento não é uma fraqueza, mas sim uma força. A família também aprende a importância de valorizar as características das crianças, reconhecendo que é fundamental educar de acordo com os respectivos temperamentos.

        Esta mudança de perspectiva tem um impacto profundo na vida da Teresa e da sua família. Eles aprendem que cada temperamento tem o seu valor único e especial. Ao respeitar e educar de acordo com o temperamento das crianças, é possível permitir que elas desenvolvam todo o seu potencial, construindo um ambiente emocionalmente saudável e enriquecedor.

        A história da Teresa é um lembrete poderoso da importância de compreender e respeitar o temperamento de cada criança. Ao fazê-lo, as famílias podem criar um ambiente amoroso e acolhedor, onde cada criança se sinta valorizada e capaz de direcionar suas competências e interesses no sentido de desenvolver todo o seu potencial.


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