Filhos Sanguíneos: Energia, alegria e… muitos desafios pelo caminho
Era sábado de manhã e a casa estava num burburinho.
A Maria tinha decidido que iria montar uma tenda no quintal para brincar aos acampamentos.
Em menos de cinco minutos, já tinha espalhado almofadas, brinquedos e mantas por todo o lado… e, no meio da “obra”, decidiu correr até à cozinha para contar a última ideia brilhante:
– “Mãe! E se fizermos um espetáculo à noite? Eu posso cantar, dançar e contar piadas!”
Enquanto a mãe tentava arrumar a louça do pequeno-almoço, a Maria já tinha passado para o quarto, a inventar o cartaz do evento com marcadores e purpurinas (que, claro, ficaram espalhadas pelo chão).
Se tens um filho sanguíneo sabes bem…
Eles vivem no presente, têm mil ideias por minuto e uma energia que parece inesgotável.
São divertidos, carismáticos e cheios de vida — mas manter o foco e concluir tarefas nem sempre está no topo da lista de prioridades.
Como é uma criança sanguínea?
Os filhos com temperamento sanguíneo têm algumas características que saltam logo à vista:
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Extrovertidos e comunicativos – adoram estar com outras pessoas, conversar e contar histórias.
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Criativos e entusiastas – inventam jogos, atividades e projetos a qualquer hora do dia.
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Expressivos e espontâneos – mostram facilmente o que sentem, sem filtros.
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Pouco persistentes – começam algo com grande energia, mas podem perder o interesse rapidamente.
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Distraem-se com facilidade – qualquer estímulo novo é uma oportunidade para mudar de direção.
O desafio de educar um sanguíneo
O maior desafio para os pais não é lidar com a energia — é lidar com a falta de consistência.
Uma criança sanguínea pode ficar genuinamente entusiasmada para ajudar a pôr a mesa… mas, no meio do caminho, lembrar-se de que quer ensinar ao irmão um jogo novo.
Também podem evitar tarefas que consideram chatas ou monótonas, o que significa que criar hábitos e rotinas sólidas exige um esforço maior.
Outro ponto sensível é que, por serem tão voltados para o que é divertido, podem ter dificuldade em lidar com frustrações ou limites.
Como orientar um filho sanguíneo
A chave não é tentar “diminuir” a energia ou a alegria — é canalizá-las para algo construtivo.
Uma forma eficaz é criar estruturas leves, mas constantes: rotinas curtas, combinados claros e objetivos divididos em pequenas etapas.
Também é importante valorizar os pontos fortes: a criatividade, a sociabilidade, a empatia.
Quando a criança sente que é apreciada pelo que é, fica mais recetiva a ouvir orientações e a aceitar correções.
Mas atenção: não se trata apenas de “dar liberdade” ou “impor regras” — o segredo está no equilíbrio.
E aqui é onde conhecer a fundo o temperamento da criança (e o nosso!) faz toda a diferença.
Na minha Mentoria, ajudamos as mães a compreender como adaptar a forma de educar a cada filho, de acordo com o seu temperamento.
Quando entendemos o que motiva e o que desafia cada criança, conseguimos comunicar de forma mais eficaz, estabelecer limites de forma respeitosa e criar um ambiente familiar mais leve e harmonioso.
Porque cada filho é único. E educar, também é!
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