O poder das perguntas



Quanto mais mergulho no mundo do desenvolvimento pessoal, mais procuro explorar este mundo com os miúdos.

E uma das coisas que tenho vindo a valorizar cada vez mais são as perguntas.

Certamente já deste por ti a perguntar aos miúdos perguntas como:
· “Como correu o dia?”
· “Brincaste muito?”
· “Gostaste do almoço da escola?”

Este tipo de perguntas não nos levam muito longe, pois as respostas não podem muitas: “Bem!”, “Mal!”, “Sim!”, “Não!”, “Mais ou menos!” e poucas mais. Perguntas deste género são conhecidas como perguntas fechadas.

Por outro lado, as perguntas abertas podem dar origem a uma infinidade de respostas. É este tipo de perguntas que tenho vindo a utilizar cada vez mais com os miúdos. São perguntas que dão azo à imaginação, ajudam a desenvolver o raciocínio, trabalham a memória…bem basicamente põem o cérebro dos pequenos em ação.
Como por exemplo:
· “O que é que aprendeste hoje?” ou “Qual foi a coisa que mais gostaste, na escola? O que é que teve de tão especial para teres gostado tanto?”
· “Que brincadeiras fizeste?”
· Se algo não correu como esperado: “O que poderias ter feito diferente, que te ajudasse a alcançar o que pretendias?”

Quando aplicamos a arte de perguntas, estamos a envolver as crianças no seu próprio processo de desenvolvimento, pois ao fazê-las damos-lhes a oportunidade de encontrar respostas (que poderão ser as corretas ou as erradas, ou mesmo apenas aquelas que faz sentido para a criança…muitas vezes não há respostas certas nem erradas). Se em vez de deixar as crianças explorar o seu conhecimento e aprofundá-lo, lhes dermos as respostas, iremos estar a interferir na sua capacidade de descoberta, de confiança e até mesmo de autoestima. Estaremos a prepará-las para serem adultos dependentes, pouco desenrascados, pouco confiantes…

A arte de fazer perguntas pode parecer um pouco difícil no início. Mas é como tudo, com a prática começamos a aprender a fazer melhores perguntas e a aplicá-las cada vez melhor.
E o melhor de tudo…também podemos fazer perguntas abertas a nós próprios! E o resultado pode ser incrível, pois ajuda-nos a pensar e a analisar as coisas com outros ângulos.
A minha sugestão é que cries a tua própria lista de perguntas, aplica-as com os teus filhos…e vê-os a crescer!

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