Os miúdos pegaram-se...e agora o que é que eu faço?



Se tens dois ou mais filhos, certamente já te deparaste que aqueles momentos que deixam qualquer pai/mãe de cabelo em pé…conflitos entre irmãos!!!

Como é que lidas com estes momentos?
Procuras ser o juiz? Justo? Crítico? Defensor dos mais pequenos?
Procuras saber o que se passou? Ouvindo as diferentes partes?
Ou já estás tão cansad@ destes momentos mais atribulados, que só te apetece fugir e acabas por resolver as coisas de modo que o resultado inclua o mínimo de protestos possível?

A existência de conflitos entre irmãos é algo natural!
Na verdade, a existência de conflitos não algo que seja mau, a forma como lidamos com eles é que pode ser mais ou menos positiva.

Um conflito tem por base opiniões ou interesses diferentes dos intervenientes, o que, se pensarmos bem até pode ser bom sinal, pois significa que de certa forma cada um dos miúdos está a pensar por si e não a deixar-se anular (claro que se houver ciúmes, egoísmo, etc, será necessário trabalhar isso com a criança).
Com o conflito podem suceder várias coisas: queixinhas, discussões e por vezes agressões.
A nós cabe-nos ajudar os nossos filhos a aprender a lidar com os conflitos de modo a resolvê-los sem recorrer aos adultos e sem se agredirem.

E como é que eu faço isso?
A primeira coisa que temos que fazer é…ensiná-los a comunicar, a expressar o que pretendem, a ouvir o que outro tem para dizer…de uma forma resumida deixá-los resolver o problema. Quanto menos interferirmos melhor (exceto se se estiverem a agredir física ou verbalmente).

Enquanto pais devemos ser mediadores e não juízes.
Assim, para que eles aprendam a resolver os seus próprios problemas deveremos começar por pedir a uma das partes que explique o que sucedeu (sem que a outra parte interrompa), depois devemos fazer o mesmo com a outra parte. Tendo ouvido os dois lados da história, passamos à resolução propriamente dita em que nos cabe fazer perguntas como: “O que poderia ter sido feito diferente para evitar este conflito?”, “O que que é que vão fazer agora que conhecem os dois lados da história?”, “Concordam os dois com a decisão tomada?”.
Claro que podes e deves adaptar a linguagem à idade das crianças.

Ao não tomarmos partidos num conflito, não damos razão a nenhum dos filhos, logo evitamos transmitir a ideia de preferência. Por outro lado, estamos a dar-lhes ferramentas poderosíssimas que os ajudarão a lidar com outros conflitos no futuro, seja na escola, com os amigos, no trabalho, enquanto profissionais, ou mesmo nas suas relações pessoais.

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