E de repente explodi

 

Quantas vezes já deste por ti a explodir com os teu filhos?

 

Esta situação pode acontecer a qualquer pessoa. Estamos relativamente calmas, com paciência, ou pelo menos a fazer por isso, e de repente, ficamos fora de nós como se uma onda gigante de ira nos cobrisse da cabeça aos pés. Normalmente, acabamos por fazer ou dizer algo de que nos arrependemos.

 

Estas situações, em que ficamos dominadas pelas nossas emoções, ocorrem quando a carga emocional é tão forte que o nosso lado racional fica como que adormecido e passamos a ser orientadas pelo nosso lado emocional. Este “sequestro emocional” acontece quando os nossos gatilhos emocionais são acionados. Gatilhos estes que podem ser palavras, pessoas, situações ou opiniões.

Todos temos gatilhos emocionais diferentes, que dependem das nossas crenças, valores e experiências.

 

Mas então como lidar com os gatilhos?

A primeira coisa a fazer é identificar quais são os teus gatilhos. Quais são as situações em que sentes que as emoções tomam conta de ti? Faz uma lista. Um gatilho emocional poderá ser, por exemplo, fazer uma pergunta e a outra pessoa não responder.

De seguida, é necessário compreender porque é que essa situação é um gatilho. Utilizando o mesmo exemplo, podemos imaginar que para quem fez a pergunta, um dos valores mais importantes é o respeito, e que ao não estar a obter uma resposta sente-se desrespeitada e acaba por não conseguir controlar as suas emoções.

Quando sabemos quais são os nossos gatilhos temos mais hipótese de conseguir lidar com eles, para isso podemos:

· Verificar se têm fundamento (no caso do exemplo: será que me queriam desrespeitar, será que não ouviram a minha pergunta, será que dei tempo para a pessoa pensar e me dar uma resposta,…).

· Mudar de sítio para respirar fundo e deixar a onda emocional passar.

· Lidar com a situação com humor, sempre que possível. Não significa desvalorizar o acontecimento ou as emoções desencadeadas, mas procurar dar-lhe a importância que a situação realmente merece.

· Partilhar com as pessoas que nos rodeiam quais são os nossos gatilhos. Assim, os outros estarão mais alerta e poderão, não só evitar acioná-los, como ajudar a lidar com eles.

 

Todos temos oportunidade de melhorar diariamente, no entanto não temos que o fazer sozinhos. Partilha com as pessoa que te rodeiam a tua intenção de melhoria contínua, incluindo com os teus filhos. Explica-lhes o impacto que determinadas situações têm em ti e apresenta-lhes alternativas. Sabendo esta informação poderão não só evitar ativar gatilhos, como compreender melhor as tuas reações, caso contrário não entenderão as tuas reações e há maior probabilidade de interpretarem mal a situação.

Lembra-te que apesar de partilhares os teus gatilhos com os outros, a sua gestão e a autorregulação (ou seja, escolha dos comportamentos) continua a ser tua.

Estás pronta para melhorar a tua autorregulação?

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