Empatia e paciência andam sempre lado a lado
Faz algum tempo
escrevi um texto sobre a Paciência, onde abordei o que fazer quando sentimos
que a estamos a perder. Vai até lá e relembra os 5 passos que podem fazer toda
a diferença nesses momentos de crise.
O tema de hoje,
embora esteja relacionado com as situações em que a paciência se está a acabar,
foca na nossa capacidade de nos colocarmos no lugar dor outros.
Muitas vezes
sentimos que os nossos filhos nos estão a testar, que fazem isto ou aquilo para
nos provocar, para ver até onde conseguem ir.
Será que é mesmo
isso que acontece?
Com os mais
pequenos não é bem assim. Na verdade, todos vemos o mundo de forma diferente,
todos temos prioridades diferentes. Com os nossos filhos é a mesma coisa.
Certamente, já te aconteceu
ter que chamar 1000 vezes para o banho e eles continuam a brincar como se o assunto
não lhes dissesse respeito. Este é um exemplo em que as prioridades dos pais e
dos filhos não estão alinhadas. Para nós, aquele é o momento que destinamos para
o banho, logo é o tópico nº 1 do momento. Mas para os nossos filhos, que
estiveram o dia todo na escola, veem esse momento como uma oportunidade para matar
saudades dos seus brinquedos. Uma forma de ficarem alinhados é definir em,
conjunto e antecipadamente, como vão fazer as coisas.
É muito importante
ter em conta outros fatores como:
1.
O nível de cansaço das crianças – Quando
estão cansadas, as crianças são mais lentas a fazer as coisas, mais distraídas
e até rabugentas. Logo a falta de cooperação é quase certa.
2.
Desentendimentos – Pode acontecer
que ao longo do dia tenha acontecido alguma coisa que deixou os nossos filhos
tristes ou zangados. Nestas situações, é frenquente que carreguem essa emoção
ao longo do dia, o que afeta o modo como se relacionam com os outros. Podem,
então, ter comportamentos desadequados connosco e cabe-nos a nós ajudá-los a
lidar com a situação que esteve na origem de todo o reboliço. A nossa falta de
paciência só faz com que eles se sintam incompreendidos e não tenham vontade de
partilhar as suas angústias, dúvidas e também as alegrias.
3.
Poucas escolhas – Por vezes
gostamos de gerir o dia-a-dia dos nossos filhos, de escolher o que vestem, os
horários das refeições, de acordar e deitar, etc, e acabamos por não lhes dar hipótese
de tomarem decisões. Se lhes dermos oportunidade de fazer escolhas (de acordo
com a idade) terão menos tendência para entrar em jogos de poder connosco.
Como vês, é tão importante
aprender a arte de ser mais paciente, como a arte de ler os outros e de
perceber que não fazem as coisas para nos irritar.
Ter a capacidade de
nos colocarmos nos lugar dos nossos filhos ajuda-nos a perceber o que sentem,
como veem o mundo e o que priorizam. Esta compreensão do outro ajuda-nos a ser
mais pacientes.
Queres ser mais
paciente?
Trabalha a empatia!😉
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