Educar Rapazes e Educar Raparigas não é a mesma coisa!


        Numa altura em que muito se fala sobre dar oportunidades, esquecemo-nos que para dar essas oportunidades devemos conhecer quem temos à frente. No que diz respeito à educação acontece o mesmo. Para educar bem os nossos filhos, para criarmos conexões fortes e duradouras, para podermos orientá-los com sucesso, devemos conhecer os seus temperamentos (Os 4 Temperamentos), como se sentem amados (As 5 Linguagens do Amor) e ter em conta se são rapazes ou raparigas.


        Pode parecer estranho ou até antiquado, mas na verdade nunca houve tantas provas científicas como hoje, que nos mostrem as diferenças cerebrais estruturais, químicas, genéticas, hormonais e funcionais entre mulheres e homens. São estas diferenças que fazem com que haja comportamentos diferentes, formas diferentes aprender, de responder a desafios, de interpretar e correlacionar a informação, de interagir e de se relacionar com os outros.


        Vou partilhar contigo algumas das características, tendencialmente apresentadas, por rapazes e raparigas, que te vão ajudar a compreender melhor os teus filhos e a orientá-los de forma mais eficaz.

                Raparigas:

      • Mais conexões entre os hemisférios cerebrais, o que permite efetuar várias tarefas ao mesmo tempo;
      • Amadurecem mais depressa;
      • Gostam da socialização, comunicação e empatia;
      • Gostam de cores;
      • Têm um pensamento indutivo (começam com a análise dos pormenores para chegar à conclusão geral);
      • Sentem necessidade de exprimir as suas emoções e de serem ouvidas (alimenta a sua autoconfiança e autoestima);
      • Valorizam abraços, beijos e os "gosto de ti" dos pais, que as ajudam a sentir-se valorizadas pelo que são e não pelo seu aspeto físico (na adolescência);
      • Sentem facilidade em ler gestos e interpretar a linguagem corporal e facial;
      • Tendem a subestimar as sua capacidades, mesmo quando realizam as tarefas com sucesso, o que faz com que necessitem constantemente de estímulos;
      • Raramente tomam iniciativas arriscadas ou fazem perguntas complicadas, com receio de passar vergonhas à frente dos colegas.

                Rapazes:
      • Menos conexões entre os hemisférios cerebrais, o que permite ter maior capacidade para focar na tarefa que têm em mãos;
      • Amadurecem mais tardiamente;
      • Gostam de competir, de jogos de ação, de domínio e de liderança;
      • Gostam (e precisam) de movimento e de mexer nos objetos;
      • Têm um pensamento dedutivo (partem de uma regra geral, da qual tiram consequências até chegar à conclusão);
      • Precisam de horários claros e bem definidos;
      • Precisam de autoridade, disciplina e emoções fortes que os desafiem, criem tensão e competição;
      • Sentem dificuldade em ler gestos e interpretar a linguagem corporal e facial, logo precisão de receber as informações de forma clara e explícita;
      • Mais força e velocidade;
      • Maior percepção espacial e raciocínio abstrato.

        Como vês, há comportamentos que são típicos das raparigas ou dos rapazes. E está tudo bem! É a sua natureza, a sua biologia e fisiologia em ação. Enquanto pais e educadores cabe-nos saber orientá-los de acordo com as suas caraterísticas tão próprias e ajudá-los a tirar o melhor partido delas.

        Se quiseres saber como te posso ajudar a tornar a educação dos teus filhos mais leve, carrega AQUI!

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