E se fosse possível Ganhar Paciência?
A paciência não é uma qualidade inata, com a qual se nasce.
É, acima de tudo, um ato de amor repetido muitas vezes, mesmo nos momentos em que tudo em nós grita para fazer o contrário.
É amor em ação. É autocontrolo com propósito.
É a escolha consciente de não deixar que a irritação ou o cansaço ditem a forma como educamos.
Como diz a pediatra Samia Marsili:
"A paciência não se ganha. A paciência constrói-se, ato de amor após ato de amor."
E cada ato de paciência constrói, não apenas o teu autocontrolo, mas o vínculo que te une aos teus filhos.
A maior parte da nossa impaciência vem de não compreendermos o comportamento da criança.
Quando esperamos que um filho de dois anos “obedeça” como um adulto… vamos sentir frustração.
Quando interpretamos o choro como “birra” ou “manipulação”, vamos reagir com raiva.
Mas quando compreendemos que o cérebro da criança ainda está em formação (até aos 25 anos)…
Que ela está a aprender a regular-se, a lidar com as emoções, a interpretar o mundo…
… começamos a ver o comportamento difícil não como desafio, mas como um pedido de ajuda.
Além disso, quando nos compreendemos melhor a nós próprias — quando conhecemos os nossos gatilhos, as nossas histórias, as nossas inseguranças — ganhamos mais margem para escolher respostas conscientes em vez de reações automáticas.
Quando gritamos, perdemos o controlo e agimos no impulso, criamos distância.
A criança pode até “obedecer”, mas fá-lo por medo, não por respeito.
Com o tempo, o vínculo fragiliza-se, a confiança diminui.
Pelo contrário, quando exercemos paciência:
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Mostramos ao nosso filho que é possível sentir emoções fortes sem magoar.
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Ajudamo-lo a sentir-se seguro e aceite, mesmo quando falha.
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Tornamo-nos um porto seguro — e isso fortalece a relação.
A paciência não impede os limites — pelo contrário. Ajuda-nos a colocá-los com firmeza e empatia, o que é essencial para o desenvolvimento saudável da criança.
Aqui ficam algumas estratégias práticas para exercitar esta virtude no dia a dia:
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Respira antes de reagir
Uma respiração profunda ativa o teu sistema nervoso parassimpático e dá-te segundos preciosos para decidir como responder. -
Lembra-te: comportamento é comunicação
Em vez de perguntar “porque é que ele está a fazer isto?”, pergunta: “o que é que ele está a tentar comunicar?”. -
Cuida de ti
O teu nível de paciência está diretamente ligado ao teu nível de energia. Dormes? Comes bem? Tens algum tempo para ti? -
Ajusta as expectativas
Esperar que uma criança faça o que tu queres, na hora que queres, sem protestar… é receita para frustração. Aprende sobre o desenvolvimento infantil e ajusta a fasquia. -
Identifica os teus gatilhos
O que em ti reage de forma desproporcionada? O choro? A desobediência? A lentidão? São pistas valiosas sobre os teus valores, as tuas prioridades e a forma como interpretas o que te rodeia. Vale a pena tomar consciência de cada uma e refletir se estão de acordo com o que queres para a tua família ou se é necessário reajustar. -
Pratica a autorreflexão
Depois de um episódio difícil, em vez de te culpares, pergunta: o que é que eu senti? Porque reagi assim? O que podia ter feito diferente? -
Celebra pequenas vitórias
Cada vez que escolhes o silêncio em vez do grito, estás a fortalecer o teu “músculo da paciência”.
Não tens de conseguir sozinha.
Educar com paciência e consciência não é um talento, é um processo — e há ferramentas e apoio que podem tornar essa caminhada mais leve e eficaz.
Na minha mentoria para mães, ajudo-te a:
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Conhecer-te melhor e trabalhar os teus gatilhos emocionais,
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Compreender o comportamento dos teus filhos com mais clareza,
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Construir um plano educativo personalizado, com limites claros e presença emocional,
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Desenvolver uma forma de educar firme, carinhosa e leve, que respeite a tua realidade e a da tua família.
💬 Se queres saber mais, envia mensagem por AQUI e eu explico-te tudo.
Lembra-te:
✨ A paciência constrói-se.
✨ A relação saudável também.
✨ E tudo começa por ti.
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