Como educar um líder
Este post
tem como objetivo fazer uma reflexão sobre liderança e como ajudar os nossos
filhos a serem líderes.
Quando vos
falo de líderes falo-vos de pessoas com capacidade de exercer influência sobre
os outros e para que isso aconteça é necessário uma boa dose de humildade e
outra de serviço. Sim, serviço. Se pensarmos bem os grandes líderes, aqueles
que temos realmente vontade de seguir, são (ou foram) pessoas que ao longo da
sua vida têm (ou tiveram) sempre em mente o bem comum, o bem dos outros.
Nem todos
fomos talhados para liderar multidões. Mas todos influenciamos, de certa forma,
os que nos rodeiam. Logo, podemos ser líderes no dia-a-dia…e os nossos filhos
também.
Então quais
são os ingredientes necessários para desenvolver um bom líder?
Vínculo – Como já te
falei anteriormente (Vínculo - Como é a tua relação com os teus filhos?),
quando mais forte for o vínculo, ou seja quanto melhor for a tua relação com os
teus filhos maior será a confiança que eles têm em ti, a sua autoconfiança, a
sua autoestima, maior respeito e amor haverá na vossa relação.
Exemplo – Aquilo que
os pais fazem e dizem são umas das maiores referências que os filhos têm (Olha para o que eu digo...e olha para o que eu faço). Logo,
aquilo que fazemos, o modo como fazemos e as intenções com que fazemos as
coisas são vistas pelos filhos como exemplos a seguir. Se queremos educar
líderes de bom coração, sensatos, corajosos, honestos, etc., temos que mostrar
como se faz. E o resultado é incrível! Quando aprendem em casa, depois acabamos
por nos surpreender (pela positiva) com aquilo que os nossos filhos fazem,
mesmo quando já não nos têm ao seu lado a dar indicações.
Empatia – Quando
ensinamos os miúdos a colocarem-se no lugar dos outros, eles ganham um enorme
respeito pelos outros e passam a compreender realmente quais as suas
necessidades (A tua dor também é minha…). Ajudar as crianças a desenvolver
empatia não é um processo fácil, pois cada pessoa tem os seus valores, crenças
e vivências, o que faz com que ver as coisas de outra perspetiva possa ser um
desafio. Mas quando elas aprendem como se faz…o resultado é incrível. As
crianças têm uma sensibilidade natural e sentem-se facilmente tocadas no seu
coração pelos sentimentos dos outros. É uma questão de trabalhar no sentido de
as orientar para a bondade e generosidade.
Escuta ativa – Nada do
que tenho estado a falar faria sentido se não incluísse a escuta ativa, ou seja
a capacidade de compreender o que o outro está realmente a dizer (Estou a ouvir...ou será que não... e Escuta ativa...passar à ação). Um líder deve ter a sensibilidade para perceber o que
cada pessoa lhe está a transmitir e para isso tem que “ouvir” o que não está a
ser dito e que ser empático.
Inteligência emocional – Não
poderia faltar a capacidade de compreender as emoções, quer próprias, quer dos
outros, e de saber como lidar com elas (A arte de gerir emoções). Este ponto é
fundamental para ajudar os outros a acalmar os ânimos, ou a “distribuir”
entusiasmo, ou mesmo a sensibilizá-los para determinada situação.
Como viste todos estes pontos estão interligados. Com o nosso exemplo (e
felizmente os miúdos adoram imitar os crescidos) podemos ensinar as crianças a
darem o seu melhor todos os dias. Não precisam de ser uns super heróis e de
arrastar multidões, mas podem ser mini heróis, que confiam e acreditam em si e
nos seus valores e que de uma forma muito natural os transmitem aos outros.
Acredito que é nas coisas pequenas que se melhora o mundo! O nosso
trabalho é potenciar as qualidades dos pequenos que temos ao nosso lado para
que sejam felizes, autónomos, competentes, responsáveis e conscientes do seu
papel para a construção de uma sociedade melhor.
E como conseguimos isto?
Todos os dias, um bocadinho de cada vez!
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