Por que é que o meu filho bate?
O teu filho
bate?
Em que
situações o faz?
Nessas alturas
como está o seu estado emocional?
Pois é…
Por vezes os miúdos
batem uns aos outros e nós, pais, temos tendência para ir logo repreender. “Olha
que isso não se faz!”, “Bater é feio!”, …
E acabamos por
nos esquecer de tentar ver mais a fundo o que é que levou a criança a bater na
outra.
É importante
procurar saber o que é que se passou, sem medo que os pais da outra criança
venham logo a correr pedir satisfações ou vergonha do que os outros possam
dizer por não termos repreendido logo o nosso filho.
Muitas vezes
somos precipitados nos julgamentos que fazemos, quer seja neste tipo de
situação, quer seja em qualquer outra área da nossa vida. Para agirmos da forma
mais correta, devemos garantir que estamos a par do que realmente se passou.
Assim, quando
virmos que o nosso filho bateu em alguém é importante começarmos por perguntar
o que se passou (e ouvir ambas as partes). Podemos estar perante uma situação
em que a outra criança bateu primeiro, ou tirou o brinquedo, ou até tinha o
brinquedo que o nosso filho queria e como não lho deu, o nosso filho acabou por
bater na criança. Todos estes exemplos têm a mesma base… a insegurança.
Se pensares
bem, é algo que também acontece aos adultos, quando não conseguimos aquilo que
pretendemos, ou somos apanhados desprevenidos, podemos desenvolver este
sentimento de insegurança (mas à partida, não batemos nos outros…).
Então, como é
que podemos ajudar a criança a alterar o seu comportamento?
Antes de mais
é importante conversar com a criança e ajudá-la a encontra uma reposta
diferente para este tipo de situação. Podemos ajudá-la através de perguntas,
como por exemplo:
· O que se passou?
· Como te sentiste nessa altura?
· O que é podes fazer da próxima vez que te
sentires assim? (Nível emocional)
· Se te voltares a encontra nesta situação, de que
outra forma podes resolver o conflito? (Qual a ação?)
Ao fazermos
este tipo de questões estamos a ajudar a criança a compreender o seu estado
emocional perante uma situação específica e, ao fazê-lo acabamos por trabalhar
a sua inteligência emocional, preparando-a para situações semelhantes.
Para além
disso, também temos que ter em conta o nosso comportamento.
Não nos
adianta de muito dizer que não se bate, se quando a criança faz algo errado recorremos
a este tipo de punição (ver Olha para o que eu digo... e olha para o que eu faço).
Uma das coisas
que podemos fazer para ajudar a criança a sentir-se mais segura consigo própria
e com o que a rodeia é através da criação de vínculo. Quanto melhor for a
qualidade da relação que temos com a criança, mais confiança ela terá (Vínculo- Como é a tua relação com os teus filhos?).
Escutar e
estar realmente presente, são outros dois pontos-chave para que a criança se
sinta segura e sem a necessidade de chamar a atenção pelos piores motivos… como
bater nos outros (Estou a ouvir...ou será que não... e Escuta ativa...passar à ação).
Como vês nem
tudo é o que parece. Por vezes temos que ser capazes de ler nas entrelinhas. Os
comportamentos têm sempre uma razão de ser, cabe-nos a nós, pais, decifrar o
motivo e encaminhar as crianças com carinho e amor!
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