O meu filho está aborrecido
A chegada das férias, de dias livres e de tempo "sem fim" para ocupar, faz com que os pais se preocupem em ocupar esse tempo com atividades. Mas, por vezes, há tempo livre. E, se por um lado, algumas crianças conseguem facilmente "inventar" o que fazer, outras não conseguem sair da pergunta "O que é que eu faço?".
Perante esta pergunta, a tendência é dar logo uma data de sugestões. Quando o fazermos, estamos a impedir os nossos filhos de serem criativos, de aprenderem a pensar por si e de se desenrascarem.
Temos esta tendência de proteger os nossos filhos de qualquer tipo de desconforto, seja físico, emocional ou mental. No entanto, é importante lembrar que a frustração e o aborrecimento fazem parte do seu crescimento e desenvolvimento.
Deixar que as crianças se frustrem e se aborreçam pode ser uma experiência valiosa e essencial para o seu desenvolvimento emocional. É através desses momentos que aprendem a lidar com a adversidade, a desenvolver a resiliência e a procurar soluções para os seus problemas.
Ao evitarmos que se frustrem, estamos privá-las de importantes oportunidades de aprendizagem. Quando resolvemos os seus problemas ou evitamos que se sintam desconfortáveis, elas não aprendem a lidar com a realidade e a desenvolver a sua autonomia.
Além disso, ao permitirmos que os nossos filhos se frustrem e se aborreçam, estamos também ensinar-lhes a ser mais pacientes, persistentes e resilientes. Essas competências são essenciais para lidar com mais leveza os desafios da vida.
Portanto, é importante que aprendamos a equilibrar a proteção e o cuidado com a necessidade de permitir que os nossos filhos experimentem a frustração e o aborrecimento. É necessário que aprendam a lidar com essas emoções de forma saudável e construtiva, para que possam crescer e se desenvolver de forma plena.
Da próxima vez que os teus filhos se sentirem frustrados ou aborrecidos, lembra-te que esses momentos são oportunidades preciosas de aprendizagem e crescimento. Não tenhas medo de os deixar experimentar essas emoções, pois é assim que eles se tornarão adultos mais resilientes, conscientes e capazes de enfrentar os desafios da vida.
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