Quando as coisas não correm como esperado


        Na semana passada trouxe-te uma reflexão sobre as emoções que os filmes "Divertida Mente" e "Divertida Mente 2" nos apresentam de forma tão criativa e divertida (Divertida Mente). Esta semana vamos continuar a falar de emoções, mas de uma forma um pouco diferente.

        Faz parte do Ser Humano criar expectativas em relação a tudo, incluindo em relação às férias. Certamente já pensaste "É nestas férias que vou fazer X!", "É agora que aproveitar para Y!", "Quando lá chegar vai acontecer Z!"

        Com os teus filhos é igual! Criam expectativas sobre o que gostariam de fazer ou que acontecesse. E depois, por diversos motivos, as coisas acabam por não acontecer da forma imaginada.

        E porquê?

        Porque as expectativas são crenças fortes de que algo irá acontecer ou que alguém irá fazer algo da forma que nós queremos ou pensamos, mas que na realidade são apenas crenças, às quais reagimos como se fossem verdades absolutas.

        Quão realistas são as tuas expectativas?

        E as dos teus filhos?

        Já tinhas pensado nisso?


        Mais:

    • O que acontece quando as tuas expectativas não são atendidas?
    • Que emoções surgem?
    • Como é que lidas com estas situações?
    • Como é que os teus filhos lidam com as expectativas não correspondidas?
    • Ou até mais importante, como é que os ajuda a lidar com todo o turbilhão de emoções que surge nessa altura?


        Vale a pena olhar para as emoções mais comuns nestas alturas, que surgem tanto nas crianças como nos adultos, e que podem variar de intensidade e duração, dependendo da importância dada às expectativas e do contexto em que surgem.

    • Tristeza: A desilusão pode levar à tristeza, especialmente se as expectativas estavam ligadas a algo que considerado importante.
    • Raiva: Pode acontecer que a frustração desencadeie emoções mais fortes como a de raiva, em relação à situação, às pessoas envolvidas ou até mesmo em relação a si próprio.
    • Ansiedade: A incerteza sobre o futuro ou sobre a situação pode gerar ansiedade, especialmente se as expectativas não cumpridas afetam planos maiores.


        Podem, também, surgir sentimentos fortes como:

    • Culpa: Por criar expectativas demasiado elevadas ou por não conseguir gerir melhor a situação.
    • Desânimo: Sentir-se desmotivado ou desencorajado quando as expectativas não são atendidas.
    • Desconfiança: A experiência de não ter as expectativas atendidas pode levar a uma maior desconfiança em relação a outras pessoas ou situações semelhantes no futuro.


        Com tantas emoções e sentimentos envolvidos, é preciso saber o que fazer para ultrapassar as situações em que as expectativas não são correspondidas, de forma emocionalmente equilibrada. Aqui estão alguns exemplos de apoio que deves dar aos teus filhos:

    • Validação dos sentimentos
    • Explicar a frustração
    • Ajudar a desenvolver resiliência
    • Reenquadrar a situação
    • Estabelecer expectativas realistas
    • Dar exemplos de situações pessoais semelhantes
    • Foco na solução
    • Encorajar a criança a perseverar

        Estas estratégias não só ajudam as crianças a lidar com expectativas frustradas, mas também contribuem para o desenvolvimento de competências emocionais que serão úteis ao longo da vida!

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